segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Agora a esperança se foi. Esta que era meu maior apoio até agora, acaba de me deixar.
Não, não quero que ela se vá, não quero perdê-la. Mas por mais que tente agarrá-la, eu não consigo: minha esperança agora é como areia escorrendo dentre os dedos.
Um castelo construído durantes tempos, tendo como pilares os meus sonhos, com apenas algumas palavras desagradáveis, desmoronou.
Por mais que, ao ler isto, tu penses o contrário, o meu castelo não é frágil, ele é o inverso disso: é sólido e forte! Mas, entenda, palavras podem ser navalhas também e podem ferir muito mais do que qualquer instrumento material.
Estas podem ser mais perigosas do que qualquer coisa que faça-te sangrar, porque as palavras não ferem o corpo, ferem a alma.
E a minha alma que, mesmo ferida, sempre insistiu em não desistir, acabou cansando.
Essa minha alma insistente, até então incansável, muitas vezes teimosa, que nunca se entregou à luta, descobriu que as feridas levam tempo para cicatrizar e que é preciso dar mais atenção a estas: existem pessoas que vão insitir em cutucá-las.
Agora, já sem esperanças e cara-a-cara com a verdade, faço dela rainha de mim, escolho por deixar de lado toda a fantasia e utopia e que estas não venham mais quando me convém e sim que me venham como realidade concreta.
Opto então por nunca mais criar expectativas, por nunca mais ver meu castelo desmoronar, nunca mais ver meus sonhos destruídos, opto agora apenas por verdades irremediáveis, porquê por mais duras que elas sejam, uma verdade pode doer de mentira, mas uma mentira sempre vai doer de verdade.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Você não vê, não percebe, não consegue entender o quanto isso tudo é importante pra mim.
Não consegue ao menos compreender como me sinto. E a dor vem depois de, mais uma vez, perceber a sua falta de esforço para tentar enxergar esta realidade, a minha realidade.
Eu não quero que você me entenda por completo. Pode parecer, mas não é assim.
Eu só quero ao menos uma tentativa de entendimento e, caso ela venha a ser frustrada, seria uma tentativa e já valeria muito pra mim. Porquê é nas pequenas coisas que me agarro. Nas coisas mais simplórias da minha vida, encontro força para ser como sou. Entenda, meu amor mora nas pequenas coisas. Mora nos sorrisos, na compreensão ou até mesmo num simples amanhecer - Pois o amanhecer é sinal de renovação.
E sabe a pior parte de toda essa situação? Eu sei que você sofre.
Sei da sua dor reprimida, da lágrima que insiste em não cair, sei dos seus temores e até mesmo o que te causa fúria ou irritação.
Pois sim, eu te conheço bem! Mas insisto em lamentar o fato de você não me conhecer tão bem assim.
Porque, sem esse conhecimento, como equilibrar nossas dores? Como conseguiremos chegar a um consenso? Como saber calcular os movimentos, as palavras, os atos?
Você age sem pensar e pensa sem agir. E isso tem me doído a ponto de eu querer erguer uma bandeira branca e desistir.
Sim, desistir.
E quando em minha vida cogitei a hipótese de uma desistência? Te digo agora: nunca!
Você está me levando ao abismo em que te vejo caindo. Sua fraqueza tem superado a minha força. Sua tristeza tem querido se tornar rainha e tem conseguido. Eu tento te ajudar, mas meus braços não te alcançam. Você se distânciou demais, está longe demais. Longe do teu abrigo, do meu abraço.
Isso me desespera. Me desespera porque eu quero você de outro jeito. Quero você lado a lado com a felicidade. Quero reconhecer em ti um alguém que me faz falta e que há muito deixei de enxegar. Quero você como antes. Exergar-te como antes.
Agora já consegue entender? Consegue compreender onde quero chegar?
Venha, pegue na minha mão. Não ande na estrada oposta. Não se entregue. Não desista. E se não fizer isso por mim, faça por você. Se não for por você, faça isso pelo que acredita. E, se não acredita em nada, pense que existe um alguém acredita em você. E, acredite, isso faz toda a diferença!

domingo, 26 de outubro de 2008

E pra quê deixar para mais tarde o que se pode fazer agora?
Descobri que a maior besteira e o maior erro da vida é adiar.
A vida não se adia, ela simplesmente acontece.
Nós nunca vamos adiar a vida, ninguém pode adiá-la, não temos esse poder.
No fundo, só adiamos nossa chances de felicidade. Nossas chances de acontecimentos. Nós adiamos a nós mesmos. Será que me entende?!
A total culpa de o relógio da sua vida ter parado, de a rotina ter tomado conta de você é sua.
Essa vida sagrada está a todo momento nos dando oportunidades de tentar.E não, não podemos desperdiçar nada que sôe a uma tentativa.
A vida é linda: Nos dá sem termos pedido e se pedirmos, nos dá com maior graça ainda.
Por isso a sutil diferença entre aqueles que vivem e aqueles que adiam, é que esperar cair do céu as graças que a vida nos concede é cômodo demais e se a vida atende ao seu comodismo, este engole a oportunidade. Então, lembre-se: a vida não aceita o comodismo.
Talvez, vez ou outra, ela precise ser cômoda, precise de um equilíbrio, de uma mornidão.
Mas a vida também é extremos. É o esquenta, efria. O aperta, afrouxa. A vida é inconstância.
E, diferentemente da maioria das coisas, a inconstância pode ser um dos maiores bens que a sua vida pode te mostrar. Por isso tente, arrisque-se, molde seu futuro, guarde as coisas boas do seu passado e viva! Viva, meu amigo! Cada amanhecer vai ser mais belo e você ainda terá um dia inteiro pela frente!
E, entenda: a vida é um presente e, ignorando-a ou não, você faz parte da vida e a vida faz parte de você.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Você planeja, pensa, age e nada dá certo. Fraquejar é opcional, ficar triste é inevitável.
Mas, e daí? ficar triste, ficar bem, fica mal, ter problemas ou não, não importa!Porque o maior problema em ter problemas é que o seu problema é só seu, de mais ninguém.
Não adianta tentar dividir, compartilhar, expulsar esse sentimento, não adianta! Só quem sente a dor, essa quase lepra que te corrói por dentro é você. Quem sente o coração despedaçar, o corpo pedir ajuda e a alma pedir calma é você.
E qual a saída pra isso? Não, não há saída. Ou a saída sou eu, não sei. Enxergar dentro de você, enxergar o óbvio talvez seja mais difícil do que enxergar as outras coisas.
Mas, por enquanto, levo do jeito que dá, do jeito que minhas costas calejadas andam sustentando. Sustentando uma cruz que encarei levar sem medir ao menos o peso, a espessura, a minha força...inconsequente talvez, mas aceitando levar a cruz em nome da chegada, do mérito, da vontade, talvez, de que essa cruz me levasse a algum lugar. Um lugar melhor, mais feliz.
Por isso, enquanto carrego essa cruz, enquanto não chego ao lugar mágico, fico aqui, calada, me guardando, aguentando a dor, sabendo das feridas, vendo as sangrar, mas ainda com a certeza de que essas feridas um dia irão cicatrizar e, neste dia, neste dia sim vou conhecer a tão falada, discutida, duvidada e sonhada felicidade.

sábado, 4 de outubro de 2008

E o que é a vida então? Num momento somos tudo, n'outro não somos nada.
Sim, eu nunca mais queria sentir essa sensação de perda. Infelizmente, volto a sentir. Mas dessa vez a perda é permanente, o que a torna ainda pior.
Saudades sempre, meu amigo!


“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”


Agora digo limpo, leve, solto, o que eu deixei de te dizer em vida, mas eu sei que você sentiu todo o tempo: Amo você!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hoje, depois de muitos e muitos tempos, te vejo aqui. Quase não acreditei quando vi que era mesmo você. Talvez minha vontade de te ver fosse tão grande e a probabilidade tão pequena, que cheguei a desacreditar no que os meus olhos enxergavam. Mas esse brilho no olhar, essa gargalhada fácil e esse desleixo são coisas suas, só suas, coisas que nunca me permitiriam confundir-te com alguém.
Agora os minutos viram segundos, as horas viram minutos e assim por diante. Sim, queria que o relógio parasse, parasse até quando tivessemos matado essa saudade que nos atormenta, e assim com o controle da saudade(se é que existe controle), o relógio voltaria a funcionar.
Mas não foi assim, não é assim, nunca vai ser assim. Agora a tarde chega ao fim e você tem que ir embora. Me despeço feliz, com um sorriso meio bobo e extasiada, só que você se foi e eu não tinha percebido que passando por aquela porta tudo voltaria a ser como antes. Não percebi que aquela tarde tinha sido um intervalo que a vida nos deu para sermos felizes, mas agora nosso tempo se esgotou e tudo voltaria a ser exatamente como antes. Não tão cedo voltariam aquelas gargalhadas, aquele riso frouxo e aquela sensação de ser feliz. E, talvez, nunca mais essas coisas voltem.
A vida é incerta. Incerta demais, confusa demais, louca demais. Queria saber em que momento dessas nossas vidas erramos o passo, desviamos o caminho, deixamos de ir de mãos dadas. O que era rotina, virou luxo. Um luxo que eu quero desfrutar todos os dias. Mas continua sendo um luxo e eu não mais posso me dar à esse luxo.
E se antes eu era só sorrisos, agora sou só saudade e o vazio que ela me causa. Mas, apesar de tudo, continuo sendo a esperança de que, em alguma estrada, nos bateremos de novo e nos daremos, mais uma vez, ao luxo que é ser feliz.

domingo, 21 de setembro de 2008

É tudo tão diferente do lado de cá. As pessoas parecem não notar tamanha diferença, mas eu, eu sim noto. Anda tudo tão fora de lugar, tudo tão desarrumado, não entendo.
Mas, no fundo, sei que as coisas não são assim. Sei porque eu já consegui tocar em outro ângulo, já consegui ver outras estradas além desta em que me encontro e, garanto, é tudo tão mais lindo por lá.
Não sei em que momento mudei meu rumo, mas mudei e isso é um fato. Não sei como as coisas tomaram proporções desse nível. Não sei, não sei. Queria ter respostas para tantas dúvidas, mas me resta a certeza e, de certa forma, o alívio de saber que as coisas não são assim.
A vida é linda. A vida tem cheiro de terra molhada, tem som de gargalhadas e uma fisionomia sublime. É cheia de contra-tempos, cheia de incertezas, cheia de reticências, mas a beleza dela se esconde exatamente por trás dessas coisas. Meio paradoxal, eu sei, mas é deste jeito.
O único problema é me sentir fora desse ciclo. Esse ciclo que nos dá cada vez mais vontade de viver. Esse esquenta, esfria. Acalma, inquieta. Normaliza, desmorona.
Mas o que enxergo agora são privações. Privações sim, porque acabo de perceber que ando me privando da vida. Mas a vida não permite privações.
Ei, quem te deu o direito de ser assim?Quem te permitiu ser cruel?! Será que isso está implícito no seu ser ou você fala sem pensar? Não importa! Foi cruel do mesmo jeito!
E, dessa vez, a faca cravou forte no meu peito, deu até um estalo e, por incrível que pareça, a dor não foi carnal.
As palavras doeram, mas vindas de você doeram ainda mais.
Por que age assim? O que eu te fiz? Me conte!
Venho aqui de braços abertos, peito limpo, cheia de vontade e você me recebe com tamanho desdém.
Sim, doeu. Doeu porque eu pensei que você sabia dar a devida importância a mim, doeu por perceber que você não percebe sua essencialidade.
Dor, dor, dor...será que alguém pode ser só dor? Ser, não sei, mas estou sendo.
E agora você me entende? Entende onde eu quero chegar? Será que, pela primeira vez, te toquei? Não, penso que não. Até porquê até agora eu tinha pensado que te conhecia e que você me conhecia, mas depois de tudo o que me cerca é um mar dúvidas. Entro num lugar cheio de incertezas e de mãos dadas com a tristeza.
Por que você fez isso? eu te admirava, eu te louvava, eu te amava tanto. Amava? Amo!
Amo porque meu amor independe dessas coisas, sobrepõe qualquer discussão, qualquer ofensa, qualquer xingamento.
Sim, você me magôou. Mas, de quê me importa? Estou ferida, mas já vai cicatrizar!
Agora o que me importa é o que está por vir. E, a propósito, como ficamos?
Bela pergunta!
Mas, possuo uma ainda melhor: O que a vida tem feito com nossas vidas?
Aguardo resposta!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sinto-me fracassada.
Talvez "fracasso" não seja a palavra certa a se usar. Porém, no rio de desgostos, confusões e medos em que me vejo cercada, as palavras tomam dimensões avassaladoras e, a partir deste momento, vejo que fracasso é a palavra mais sútil que posso usar.
Eu sei, sou mais forte que isso. Sei que posso nadar contra a maré, sei que posso buscar sentido em outras coisas e, por fim, me sentir melhor.
Mas o que me falta é isso, o que me falta é sentido. Ou talvez me sobre, não sei.
Agora sinto que o "talvez" me ronda e não há dúvida mais inquietante do que um "talvez".
Pois o talvez pesa.
E, se eu conseguir o sentido, cadê a coragem?
Como ter coragem para seguir um caminho, se meu maior medo é do que estar por vir?
Tantos "poréns" me rodeiam...
Na verdade, queria apenas um, um sopro de esperança que me dissesse: calma, vai dar tudo certo!
E dessa vez, como se um anjo falasse comigo, eu ouviria e ficaria tranquila.

domingo, 31 de agosto de 2008

Às vezes a gente pensa que felicidade é algo longo, mas na verdade não é.
A gente pode ser feliz numa fração de segundos, a diferença é ter-se consciencia que se é feliz.
Vou te contar uma história agora, irmão.
Eu fui feliz, feliz sem saber que era feliz, mas tive a capacidade de reconhecer que fui feliz.
Estupidamente feliz, sublimemente feliz.Feliz em uma noite, com uma notícia que, no dia seguinte, como se tivesse sido um sonho, desapareceu. Uma notícia que foi tão festejada e da mesma forma que veio, repentina, foi-se.
Não, agora não me importa mais a notícia.Ou talvez importe, mas eu não quero focar-me nela, quero focar no que realmente importa: a felicidade!
E é nas pequenas coisas que a felicidade mora!

sábado, 30 de agosto de 2008

Tudo continua igual. Exatamente como deixamos. Só me falta um jeito, um traquejo qualquer pra conseguir definir o tudo. Pois no instante em que consigo tocar neste, ele se transporta diretamente ao meu eu. E o que se interliga a mim é o que menos sei.
Falar das lágrimas caídas, das cartas deixadas e, talvez, nunca mandadas, falar do amor que sinto, da saudade resguardada quase como um tesouro em meu peito, é o que menos sei.
Por isso, me recolho à simplicidade de sentir. Pois no momento que sinto sou súdita e sou rainha. Rendida aos meus sentimentos que nem eu mesma controlo, mas dona de tamanho e precioso tesouro.
E, te juro, meu amigo, não há tesouro maior nessa vida do que temos aqui guardado, quase que sagrado, no peito, resguardado!

sábado, 17 de maio de 2008

Nem sempre estar sozinha é uma opção.Às vezes é inevitável, como respirar.
Nem sempre a gente é o que se quer ser.Muito menos fazemos o que queremos.
Mas, diante disso, qual a reação?
Não sei.
Durante tempos busco uma resposta sensata, coerente..Mas pra essas coisas do coração, essas coisas que só a gente entende e sente, a sensatez é a última coisa que precisamos.É triste se sentir assim, muito menos sem uma explicação.
Ando confusa, sozinha, admirando as variadas formas de felicidade.Talvez eu esteja ficando mais sensivel.Mas há um preço a se pagar pela sensibilidade.
O preço de uma ferida aberta.
Uma ferida que não estanca, que dói, que os outros olham com pena, mas só você sente.Mas, de qualquer forma, é um preço a ser pago.
O preço de se tornar sensivel diante dos imprevistos da vida.

"- ah, vida - pode ser medo e mel quando você se entrega e vê, mesmo de longe."
Um a um. Em uma fração de segundos, só.E fazer o que agora? Se refugiar na solidão como se fosse a única escolha?!É, talvez.Agora prevalece um vazio, um ôco, uma melancolia.Reações são o de menos.Sentidos a flor da pele.O que fazer?Eis o problema!No fundo, todo mundo sabe o que fazer, mas quem se disponibiliza?


(...)

Dispenso a previsão!

quinta-feira, 15 de maio de 2008


Não, não quero falar de algo propriamente dito.Não quero premeditar palavras, não quero nem ao menos ter o que falar.Quero que as palavras voem soltas como o vento.Quero palavras sem motivos.Palavras livres, puras, apenas palavras.

Palavras que se prendem dentro de mim mesma e saem quase que obrigadas, mas que continuam com sua leveza; a leveza do inevitável.

Palavras que brotam do meu silêncio, dos meus sentimentos e até da minha raiva recolhida.Do meu amor, da minha felicidade, da minha angustia...de tudo que me cerca.

Mas no momento, não quero expor sentimentos. Palavras me bastam.

O silência também.



(....)

sábado, 5 de abril de 2008


"Em algum momento a gente sempre fica só.
Não adianta querer evitar isso, e quanto mais se evita, mais sozinho se está.
Porque não assumir logo que és sozinho?
No fundo você sabe, só não admite.
E de tanto ficar sozinha, mesmo com pessoas ao seu redor, você vai admitir, mesmo que para si mesmo.
Solidão é algo humano como respirar ou ir ao banheiro, inevitável."

Alegre, doce, transparente. Não precisaria de muito para decifra-la, aparentemente.
Rude, hostil, sarcastica. Lembrou que havia a outra face da moeda.
E o paradoxo foi tomando conta das atitudes da menina, e da cabeça do garoto.
-O que fazer? Ele pensava, se questionando a cada segundo.
E ela, olhar fixo, perna bamba, queixo erguido como quem quer impor altoridade, com o mesmo pensamento, mas sem deixar-se perceber.
Os dois parados. O amor paraiva no ar, saindo dos corpos, como gás carbônico enrradiando o local.
Ali ele teve certeza, ela também: É pra sempre.



- Segredos de Amelie.