domingo, 15 de março de 2009

Tudo continua igual. Exatamente como deixamos. Só me falta um jeito, um traquejo qualquer pra conseguir definir o tudo. Pois no instante em que consigo tocar neste, ele se transporta diretamente ao meu eu. E o que se interliga a mim é o que menos sei.Falar das lágrimas caídas, das cartas deixadas e, talvez, nunca mandadas, falar do amor que sinto, da saudade resguardada quase como um tesouro em meu peito, é o que menos sei.Por isso, me recolho à simplicidade de sentir. Pois no momento que sinto sou súdita e sou rainha. Rendida aos meus sentimentos que nem eu mesma controlo, mas dona de tamanho e precioso tesouro.E, te juro, meu amigo, não há tesouro maior nessa vida do que temos aqui guardado, quase que sagrado, no peito, resguardado!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Aos meus amigos


Fui no meu antigo colégio hoje. Estranho como as coisas mudam.
Como o terreno que ainda ontem era terra desconhecida, acabou se tornando, tão rápido, tão inesperado, terra conquistada.
Estranho como levamos tempo para criar raízes e solidificar sentimentos e de repente olhamos pro lado e já é hora de partir mais uma vez.
Saí e fiquei só com a vontade de que meu tempo de escola voltasse. Fiquei com vontade de fingir que nada mudou e que eu acordaria amanhã, assim como todos os dias do ano passado, às seis da manhã, reclamando da farda horrorosa que a escola nos obrigadava a usar, mas sempre com a certeza de que iria encontrar conforto nos amigos que me esperavam religiosamente lá.
Desejei que o passado se estendesse e virasse presente novamente. Um desejo meio sem esperança, com o peso do impossível, mas ainda assim um desejo carregado de amor.
Tão estranho ver como as pessoas mudam e como suas estradas, antes tão próximas de nós, vão ficando cada vez mais distantes.
Tudo tão previsível, tudo tão esperado e eu não sei porquê ainda fico com esse aperto no peito.