quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Você não vê, não percebe, não consegue entender o quanto isso tudo é importante pra mim.
Não consegue ao menos compreender como me sinto. E a dor vem depois de, mais uma vez, perceber a sua falta de esforço para tentar enxergar esta realidade, a minha realidade.
Eu não quero que você me entenda por completo. Pode parecer, mas não é assim.
Eu só quero ao menos uma tentativa de entendimento e, caso ela venha a ser frustrada, seria uma tentativa e já valeria muito pra mim. Porquê é nas pequenas coisas que me agarro. Nas coisas mais simplórias da minha vida, encontro força para ser como sou. Entenda, meu amor mora nas pequenas coisas. Mora nos sorrisos, na compreensão ou até mesmo num simples amanhecer - Pois o amanhecer é sinal de renovação.
E sabe a pior parte de toda essa situação? Eu sei que você sofre.
Sei da sua dor reprimida, da lágrima que insiste em não cair, sei dos seus temores e até mesmo o que te causa fúria ou irritação.
Pois sim, eu te conheço bem! Mas insisto em lamentar o fato de você não me conhecer tão bem assim.
Porque, sem esse conhecimento, como equilibrar nossas dores? Como conseguiremos chegar a um consenso? Como saber calcular os movimentos, as palavras, os atos?
Você age sem pensar e pensa sem agir. E isso tem me doído a ponto de eu querer erguer uma bandeira branca e desistir.
Sim, desistir.
E quando em minha vida cogitei a hipótese de uma desistência? Te digo agora: nunca!
Você está me levando ao abismo em que te vejo caindo. Sua fraqueza tem superado a minha força. Sua tristeza tem querido se tornar rainha e tem conseguido. Eu tento te ajudar, mas meus braços não te alcançam. Você se distânciou demais, está longe demais. Longe do teu abrigo, do meu abraço.
Isso me desespera. Me desespera porque eu quero você de outro jeito. Quero você lado a lado com a felicidade. Quero reconhecer em ti um alguém que me faz falta e que há muito deixei de enxegar. Quero você como antes. Exergar-te como antes.
Agora já consegue entender? Consegue compreender onde quero chegar?
Venha, pegue na minha mão. Não ande na estrada oposta. Não se entregue. Não desista. E se não fizer isso por mim, faça por você. Se não for por você, faça isso pelo que acredita. E, se não acredita em nada, pense que existe um alguém acredita em você. E, acredite, isso faz toda a diferença!

domingo, 26 de outubro de 2008

E pra quê deixar para mais tarde o que se pode fazer agora?
Descobri que a maior besteira e o maior erro da vida é adiar.
A vida não se adia, ela simplesmente acontece.
Nós nunca vamos adiar a vida, ninguém pode adiá-la, não temos esse poder.
No fundo, só adiamos nossa chances de felicidade. Nossas chances de acontecimentos. Nós adiamos a nós mesmos. Será que me entende?!
A total culpa de o relógio da sua vida ter parado, de a rotina ter tomado conta de você é sua.
Essa vida sagrada está a todo momento nos dando oportunidades de tentar.E não, não podemos desperdiçar nada que sôe a uma tentativa.
A vida é linda: Nos dá sem termos pedido e se pedirmos, nos dá com maior graça ainda.
Por isso a sutil diferença entre aqueles que vivem e aqueles que adiam, é que esperar cair do céu as graças que a vida nos concede é cômodo demais e se a vida atende ao seu comodismo, este engole a oportunidade. Então, lembre-se: a vida não aceita o comodismo.
Talvez, vez ou outra, ela precise ser cômoda, precise de um equilíbrio, de uma mornidão.
Mas a vida também é extremos. É o esquenta, efria. O aperta, afrouxa. A vida é inconstância.
E, diferentemente da maioria das coisas, a inconstância pode ser um dos maiores bens que a sua vida pode te mostrar. Por isso tente, arrisque-se, molde seu futuro, guarde as coisas boas do seu passado e viva! Viva, meu amigo! Cada amanhecer vai ser mais belo e você ainda terá um dia inteiro pela frente!
E, entenda: a vida é um presente e, ignorando-a ou não, você faz parte da vida e a vida faz parte de você.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Você planeja, pensa, age e nada dá certo. Fraquejar é opcional, ficar triste é inevitável.
Mas, e daí? ficar triste, ficar bem, fica mal, ter problemas ou não, não importa!Porque o maior problema em ter problemas é que o seu problema é só seu, de mais ninguém.
Não adianta tentar dividir, compartilhar, expulsar esse sentimento, não adianta! Só quem sente a dor, essa quase lepra que te corrói por dentro é você. Quem sente o coração despedaçar, o corpo pedir ajuda e a alma pedir calma é você.
E qual a saída pra isso? Não, não há saída. Ou a saída sou eu, não sei. Enxergar dentro de você, enxergar o óbvio talvez seja mais difícil do que enxergar as outras coisas.
Mas, por enquanto, levo do jeito que dá, do jeito que minhas costas calejadas andam sustentando. Sustentando uma cruz que encarei levar sem medir ao menos o peso, a espessura, a minha força...inconsequente talvez, mas aceitando levar a cruz em nome da chegada, do mérito, da vontade, talvez, de que essa cruz me levasse a algum lugar. Um lugar melhor, mais feliz.
Por isso, enquanto carrego essa cruz, enquanto não chego ao lugar mágico, fico aqui, calada, me guardando, aguentando a dor, sabendo das feridas, vendo as sangrar, mas ainda com a certeza de que essas feridas um dia irão cicatrizar e, neste dia, neste dia sim vou conhecer a tão falada, discutida, duvidada e sonhada felicidade.

sábado, 4 de outubro de 2008

E o que é a vida então? Num momento somos tudo, n'outro não somos nada.
Sim, eu nunca mais queria sentir essa sensação de perda. Infelizmente, volto a sentir. Mas dessa vez a perda é permanente, o que a torna ainda pior.
Saudades sempre, meu amigo!


“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”


Agora digo limpo, leve, solto, o que eu deixei de te dizer em vida, mas eu sei que você sentiu todo o tempo: Amo você!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hoje, depois de muitos e muitos tempos, te vejo aqui. Quase não acreditei quando vi que era mesmo você. Talvez minha vontade de te ver fosse tão grande e a probabilidade tão pequena, que cheguei a desacreditar no que os meus olhos enxergavam. Mas esse brilho no olhar, essa gargalhada fácil e esse desleixo são coisas suas, só suas, coisas que nunca me permitiriam confundir-te com alguém.
Agora os minutos viram segundos, as horas viram minutos e assim por diante. Sim, queria que o relógio parasse, parasse até quando tivessemos matado essa saudade que nos atormenta, e assim com o controle da saudade(se é que existe controle), o relógio voltaria a funcionar.
Mas não foi assim, não é assim, nunca vai ser assim. Agora a tarde chega ao fim e você tem que ir embora. Me despeço feliz, com um sorriso meio bobo e extasiada, só que você se foi e eu não tinha percebido que passando por aquela porta tudo voltaria a ser como antes. Não percebi que aquela tarde tinha sido um intervalo que a vida nos deu para sermos felizes, mas agora nosso tempo se esgotou e tudo voltaria a ser exatamente como antes. Não tão cedo voltariam aquelas gargalhadas, aquele riso frouxo e aquela sensação de ser feliz. E, talvez, nunca mais essas coisas voltem.
A vida é incerta. Incerta demais, confusa demais, louca demais. Queria saber em que momento dessas nossas vidas erramos o passo, desviamos o caminho, deixamos de ir de mãos dadas. O que era rotina, virou luxo. Um luxo que eu quero desfrutar todos os dias. Mas continua sendo um luxo e eu não mais posso me dar à esse luxo.
E se antes eu era só sorrisos, agora sou só saudade e o vazio que ela me causa. Mas, apesar de tudo, continuo sendo a esperança de que, em alguma estrada, nos bateremos de novo e nos daremos, mais uma vez, ao luxo que é ser feliz.