segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Agora a esperança se foi. Esta que era meu maior apoio até agora, acaba de me deixar.
Não, não quero que ela se vá, não quero perdê-la. Mas por mais que tente agarrá-la, eu não consigo: minha esperança agora é como areia escorrendo dentre os dedos.
Um castelo construído durantes tempos, tendo como pilares os meus sonhos, com apenas algumas palavras desagradáveis, desmoronou.
Por mais que, ao ler isto, tu penses o contrário, o meu castelo não é frágil, ele é o inverso disso: é sólido e forte! Mas, entenda, palavras podem ser navalhas também e podem ferir muito mais do que qualquer instrumento material.
Estas podem ser mais perigosas do que qualquer coisa que faça-te sangrar, porque as palavras não ferem o corpo, ferem a alma.
E a minha alma que, mesmo ferida, sempre insistiu em não desistir, acabou cansando.
Essa minha alma insistente, até então incansável, muitas vezes teimosa, que nunca se entregou à luta, descobriu que as feridas levam tempo para cicatrizar e que é preciso dar mais atenção a estas: existem pessoas que vão insitir em cutucá-las.
Agora, já sem esperanças e cara-a-cara com a verdade, faço dela rainha de mim, escolho por deixar de lado toda a fantasia e utopia e que estas não venham mais quando me convém e sim que me venham como realidade concreta.
Opto então por nunca mais criar expectativas, por nunca mais ver meu castelo desmoronar, nunca mais ver meus sonhos destruídos, opto agora apenas por verdades irremediáveis, porquê por mais duras que elas sejam, uma verdade pode doer de mentira, mas uma mentira sempre vai doer de verdade.